domingo, dezembro 18, 2005

Presidenciais aproximam-se!

Como ja devem ter reparado, em breve vai chegar o momento de decidirmos quem vai ser o proximo chefe do estado portugues. Para os menos atentos, passo a citar uma breve história do Presidente da Republica...


De acordo com a Constituição, “o Presidente da República representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e é, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas.” No entanto, pouca gente saberá que, nos termos do obscuro Anexo 31 da lei fundamental portuguesa, o Chefe de Estado é também responsável pela salvaguarda da virgindade de todas as trutas de viveiro criadas em território nacional e com idade inferior a dois anos. Simultaneamente, cabe-lhe assegurar que os botões de punho de todas as camisas são de dimensões semelhantes e que nenhum cidadão usará roupa interior com dizeres anti-semitas inscritos na parte de dentro. A responsabilidade pelas manadas nacionais de mamutes peludos foi-se perdendo com o passar dos séculos e, hoje em dia, não fará já grande sentido, visto que apenas restam dois exemplares num centro comercial de Viana do Castelo onde trabalham como seguranças.

O primeiro Presidente da República na história da humanidade foi o egípcio Sankar-Ptah da cidade de Tebas que, certo dia, decidiu abandonar a profissão de cesteiro do faraó e autoproclamar a sua natureza presidencial. Infelizmente, o mundo em que vivia não estava preparado para acolher o seu espírito visionário e foi fervido em azeite, esquartejado, transformado em empadas e finalmente morto duas horas e meia depois do arrojo.

Em Portugal, a República chegou, como se sabe, em 1910. No entanto, o primeiro presidente não foi Manuel de Arriaga mas sim João Caimão de Souza, eminente jurista e professor catedrático da Universidade de Coimbra, inicialmente escolhido pelos republicanos para presidente do governo provisório antes de Teófilo Braga que andava muito ocupado com um número de transformismo paisagista. O mandato de Caimão durou apenas vinte e cinco minutos, motivo pelo qual a história acabaria por o esquecer. Os motivos da brevidade não são claros mas poderão estar relacionados com o hábito preocupante de andar sempre com os bolsos das calças cheios de caracóis vivos que deixavam um rasto de ranho seco sobre todos os documentos oficiais.No seu dia-a-dia, o Presidente da República ocupa-se da promulgação de leis, imposição de condecorações, inaugurações várias e construção de miniaturas de submarinos soviéticos à escala com espinhas de chicharro frito em molho de cebolada.

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