quarta-feira, junho 28, 2006

CASTIGADO

É oficial: Valentin Ivanov exibiu o 2º cartão amarelo ao Koelheira e consequente cartolina encarnada.



O Koelheira foi acusado de perder tempo, dados os longos períodos decorridos entre posts e a fraca dinâmica dos intervenientes.

A Federação Koelhesa já pediu a despenalização do blog, por forma a poder alinhar no próximo Sábado após a partida entre Portugal e "Aquela Coisa Ali Assim em Baixo da Escócia e à Direita de Gales" nas salvas à fantástica vitória Lusitana.

Entretanto, correm rumores que a atitude do árbitro poderá tratar-se apenas de um tique nervoso, dada a recorrência do gesto.

sábado, junho 17, 2006

Pequena historia by FilipaG

Ligo o televisor e fico de mente adormecida a olhar as imagens que se sucedem.
Faço zapping automaticamente, na esperança que algo me desperte a atenção, mas nada…
Fecho os olhos e caio em mim.
Buscando o meu eu interrogo-me - Qual é a minha vocação? - Dizem que todos temos uma, mas quantos verdadeiramente a encontram?
Homem de meia-idade, empregado mediano perdido numa rotina entediante sem fim. Casar, ter filhos, vê-los crescer e partir deixando-nos de novo entregues a nossa mesquinha existência.
Sentir os anos a pesar, olhando para trás e questionar-me – Qual foi a minha diferença no mundo? Qual a minha marca? – Continuar o legado da minha espécie? Até nisso o meu cão se saiu melhor que eu.
Sem o fervor da minha juventude vejo-me encurralado numa existência menor que este ponto final.
Sento-me na cadeira junto a janela e observo o jardim. As crianças brincam lá fora, sob os olhares atentos dos pais. Mas nas suas mentes a imaginação fervilha e ora são princesas, ora são astronautas, ou mesmo pilotos da aviação. Todo o mundo que os rodeia é alheio a intimidade das suas brincadeiras. Brincam sem a noção que estes serão os seus melhores dias.
Quem me dera poder descer as escadas, correr estrada fora e sentar-me no baloiço. Ah, como eu adorava sentir o vento na cara, e baloiçar cada vez mais alto jurando que um dia tocaria no céu.
De repente um súbito desejo se apodera de mim, – tenho de as avisar! Tenho de lhes dizer que não parem nunca de brincar, sonhar, lutar e viver. Preciso de lhes dizer, que não se tornem como eu, mais uma mosca na parede! Precisam de marcar a diferença!
Levantando-me da cadeira, nem sinto as dores do corpo envelhecido, abro a porta e desço as escadas o mais depressa que posso! – É hoje que marcarei a minha diferença! – Quase sem fôlego atiro-me para a estrada, o sinal ainda estava verde… juro! – Mas não cheguei ao outro lado…
Um carro em excesso de velocidade não parou e abalroou-me atirando-me uns bons metros no ar, até que caio no chão desamparado qual boneco de trapos.
Em flashes recordo-me de ver uma dúzia de rostos desconhecidos, com ar estarrecido. Falavam mas eu não os ouvia. Não sentia dores apenas frio, muito frio… os rostos foram-se esfumando em mil cores.
Quando voltei a mim estava sentado no baloiço, sentindo o vento na minha cara… baloiçava com toda a minha força, pra frente e pra trás, cada vez mais alto… até que ganhei asas e voei!
Voei pelos céus e estendendo um dedo realizei o meu sonho de criança, toquei o céu!



FilipaG.

quinta-feira, junho 15, 2006

O TIT não pára!

Estudos do TIT revelam que há pór aí uma nova tendência que parece ter virado moda, que é colocar letras de musicas em blogs. E sendo este um blog que está em voga, temos o dever de a seguir.

Aqui deixo ficar uma letra muito gira, muito sentida, que todos nós conhecemos, e não quero comentários com palavras associadas a bebedeiras, serenatas, cantares, ruskinof ou outro tipo de vodka, varandas, madrugada, praia, e luzes.

(Não pensem muito! A sério... Não insisto que comentem este post...)


Mulher

Mulher, mal que por meu mal és o meu bem
Qualquer sabe que és leal só quando és mãe
É louco, é sandeu quem disser
À mulher seja ela qual for
Mulher, tu és o amor

Não, não és, tu és só traição de lés a lés
Mal vês preso um coração pisa-lo aos pés
Em cem como tu conto as cem
Entre as falsas pois cego eu não sou
Mas diz-me outra vez amor vem
Diz-me que eu vou

Diz-me que eu vou

(serenata dos anos 30)